segunda-feira, 2 de abril de 2012



Quebrando Paradigmas na Escola da Vida
Três finais de semana de grande impacto na minha vida
Púlpito em que o Pr. Martin Luther King Jr. pregou o famoso sermão I Have a Dream...
 
            Aprendi logo cedo com minha mãe e minha tia (Eurides e Rivanda respectivamente) que a melhor escola disponível no mundo é a escola da vida. Nesta escola todos e todas, sem descriminação de nenhuma espécie, são convidados e convidadas para o processo educativo que se inicia todos os dias. Uma das coisas interessantes desta escola é que nela todos e todas são alunos e alunas e ao mesmo tempo professores e professoras. Os papéis mudam de quando em quando. É obvio que alguns não admitem de forma alguma, talvez pela titularidade que a escola formal lhes concedeu, assumir quando necessário o lugar de alunos. Grande engano e ignorância, pois na escola da vida o que menos tem importância são os títulos e as graduações realizadas dentro das nossas famosas salas de aula. Os títulos e as graduações formais são importantes quando nos ajudam no processo de tornar nossa visão e sensibilidade para o movimento da vida, com suas nuances complexas e quase sempre misturadas, mais acuradas para enxergarmos e sentirmos o que muitas vezes num primeiro e rápido olhar não é possível se perceber.
            Este tempo sabático que o Espírito de Deus nos concedeu através da ousada visão e compromisso da minha querida Igreja Batista do Pinheiro, tem sido uma escola intensa de vida. Todos os dias temos aulas nesta escola. As lições são intensas e diversas. Um tempo rico de muita reflexão e aprendizado, ou talvez – vou ousar fazer um paralelo com o grande escritor Rubem Alves –, um tempo rico de muita reflexão e muita desaprendizagem para finalmente acontecer alguma aprendizagem. Li certa vez num dos livros de Rubem Alves que precisamos primeiro desarrumar a casa para só depois podermos arrumá-la direito. Creio que o Espírito Santo de Deus que é o grande diretor da escola da vida, está permitindo o processo de desarrumação e arrumação nas aulas diárias que temos tido por aqui.
            Nos últimos três finais de semana tive a oportunidade junto com Odja de conhecer três estados americanos junto com algumas cidades diferentes que nos trouxeram grandes lições, e acredito irão provocar mudanças em nossas vidas por muitos e longos anos. No Tenesse visitamos a cidade de Memphis, no Mississipi conhecemos as cidades de Jackson e Clinton, e neste último final de semana estivemos em Ohio, na cidade de Dayton. O que cada visita teve de tão especial para provocar tantas mudanças e reflexões em nossa forma de ver e sentir o mundo ao nosso redor?
Motel Lorraine in Memphis-TN
Mason Temple in Memphis-TN
Local em que o Pr. Martin Luther King foi assassinado...
Lápide em frente ao quarto do Motel Lorraine in Memphis
            Na cidade de Memphis fomos impactados com a visita ao National Civil Rights Musuem mais especificamente o Motel Lorraine, local onde em 04 de abril de 1968 o pastor Martin Luther King Jr., Nobel da Paz e líder na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, foi barbaramente assassinado pela loucura do ódio racial. O Motel Lorraine foi transformado num museu que retrata toda a luta dos negros americanos pelo fim do racismo oficializado que havia no país. Fui às lágrimas várias vezes naquele local. Fotos absurdas de seres humanos, irmãos e irmãs de pele escura, pendurados em arvores pelo pescoço, com os pés e as mãos cortadas e o corpo ateado fogo como fruto de punição por ter nascido negro. Lembro-me de ter parado tomado de terror diante de uma roupa branca com um grande capuz branco usado pela KKK (Ku Kux Klan), grupo de brancos protestantes de maioria Batista. Faço questão de destacar com profunda vergonha, dor e tristeza, para não esquecermos e corrermos o risco de repetir de outras formas, que em nome de Deus matavam e incendiavam igrejas de negros perseguindo-os como se fossem animais a serem exterminados. Quanta dor e tristeza senti naquele local. Ainda em Memphis visitamos a Mason Temple Church of God in Christ, igreja evangélica negra em que um dia antes de ser assassinado o Pr. Martin Luther King Jr. proferiu seu último sermão no dia 03 de abril de 1968. Ali mesmo por trás da imponente e histórica Mason Temple cultuamos a Deus num domingo ensolarado numa pequena Igreja Batista negra e fomos tomados de um verdadeiro arrebatamento espiritual. É simplesmente maravilhosa e indescritível a experiência de cultuar a Deus no meio de tanta alegria e louvor. Em Memphis senti o Espírito Santo de Deus falando ao meu coração e dizendo “siga em frente, a luta ainda não acabou!”. Existe muita injustiça, miséria, preconceito, ódio religioso e de tantas outras categorias, abuso de poder, desrespeito aos direitos humanos, destruição da natureza que precisa ser respeitada e preservada visando uma relação harmoniosa com a mesma. Enfim, a mão que apertou o gatilho da arma que matou o Pr. Martin Luther King Jr. continua apertando outros gatilhos e matando muitas vidas inocentes ao redor da terra. Meu coração se encheu de compaixão e de coragem para seguir em frente na luta em defesa dos pequeninos de Deus, daqueles e daquelas que continuam sem voz.
Família e amigos do Pr. Stan...
            Nas cidades de Jackson e Clinton fomos tomados de carinho e cuidado. Primeiro da nossa amiga Debbie Pierce que nos conduziu até sua cidade natal, dirigindo 7 horas na ida e 7 horas na volta. Em Jackson fomos recebidos na casa do casal de missionários aposentados (Edward e Freda Trott pais da nossa amiga Debbie) da Junta de Richmond, aqui mais conhecida como Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos. Muito carinho, amor e atenção. Nos sentimos sendo recebidos literalmente pelos nossos pais. Muitas conversas e histórias sobre o trabalho batista em Sergipe nas décadas de 1950 e 1960. Sobre este encontro escrevi um texto anteriormente postado em nosso blog com o título de Um Encontro Emocionante, viajando na história e no tempo com o casal Trott. Fomos para cidade de Clinton onde fomos recebidos pela família do Pr. Stan Wilson, pastor sênior da Northside Baptist Church, igreja filiada a Alliance Of Baptist. O Pr. Stan, junto com sua família (Jeneffer, sua esposa, e suas filhas Jane, de 10 anos e Katie de 7 anos) decidiu morar num pequena fazenda fora da cidade desenvolvendo um estilo de vida simples e muito peculiar. Fomos recebidos na mesa da família, junto com um casal de amigos da igreja e um amigo nosso comum de Nashiville, que é o David Gooch, com muito carinho e uma boa conversa sobre teologia e missão da igreja. A Northside Baptist Church está fechando uma parceria com nossa igreja-irmã, a Igreja Batista dos Bultrins em Olinda-PE. No domingo fomos juntos a igreja onde Odja deu uma rápida palavra à igreja em nome da Aliança de Batistas do Brasil e eu acabei ensinando a igreja a cantar uma música em português. O encontro com estas duas famílias num mesmo final de semana, de diferentes e distantes idades, posição teológica e visão de mundo diferentes, nos ensinaram que a mesa é de fato um lugar comum quando há disposição para ser acolhido e acolher com bons olhos, bons ouvidos e coração aberto.
Família do Pr. Mike...
            No último final de semana estivemos na cidade de Dayton. Na Cross Creek Community Church fomos mais uma vez muito bem recebidos e acolhidos. Participamos da celebração pregando e cantando nos três cultos (sábado e domingo). Uma coisa maravilhosa se repetiu naquela igreja e naqueles cultos, idêntica ao que tinha acontecido conosco na Igreja Batista Negra em Memphis. Fomos tomados de forte emoção e graça que nos levaram às lágrimas e ao compromisso de continuar lutando pela dignidade da vida entre todos e todas. Na pregação da minha amada amiga, esposa e companheira de caminhada ministerial Prª Odja Barros, refletindo sobre a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém sentado num jumentinho em cumprimento as profecias de Zacarias no AT (reflexão postada no blog com o título Bendito o que vem em nome do Senhor! Aclamar ou seguir?). As palavras que já tinha lido antes por conta da postagem no blog me atingiram fortemente durante a exposição dela no púlpito daquela igreja: O primeiro ensino e desafio desse gesto profético de Jesus é que ele decidiu fazer o caminho passando em Jerusalém. Não evitou entrar no lugar onde muitos profetas foram mortos. Mesmo sabendo que corria o risco de perder a vida, Jesus segue na geografia do caminho traçada pelo projeto do Pai e precisava marchar para Jerusalém e confrontar-se com os poderes estabelecidos. Jesus passou a noite em Betânia casa de amigos que o amavam: Marta, Maria e Lazaro. Poderia optar ficar lá e de lá voltar para as aldeias da Galileia. E talvez morrer tranquilamente em sua cidade, mas ele decide entrar em Jerusalém e enfrentar o caminho da cruz.... Mas, é bom lembrar que esse caminho não era um destino, como uma predestinação, mas foi fruto da escolha que fez em ser o messias de acordo com a profecia de Zacarias, Isaías e do canto de Maria: O messias dos pobres de Deus.  Isso nos ensina que o seguimento de Jesus leva a cruz, pois a vivencia das atitudes e opções Dele vai nos colocar em conflito com os poderes contrários ao Evangelho. Nos ensina que precisamos aprender com Ele a entrarmos nos “lugares que matam profetas” quando for necessário. Isso me faz lembrar a memória do Pr. Martin Luther King Jr. Ele também inspirado nesse exemplo de Jesus não pode e não quis evitar fazer o caminho que o conduziria à morte. Ele entrou na terra que mata profetas e denunciou de dentro as injustiças e por isso não por destino, mas por escolha deu a sua vida por amor de muitos. Qual o caminho que eu e você temos feito? Temos tido coragem de entrar nos lugares que matam profetas? Estamos dispostos a dar nossa vida por amor de muitos?”. Fiquei com algumas frases na cabeça: “morrer tranquilo; geografia traçada pelo Pai; entrar na terra que mata profetas; etc”. Nestes mesmos cultos fui convidado a cantar duas músicas que não conhecia e que tive que aprender no sábado pela manhã para cantá-las nos cultos do sábado e domingo. A primeira música intitulada de “Amor que por amor me amaste” em sua terceira estrofe diz o seguinte: Amor, que tudo me perdoas; amor, que até mesmo abençoas um réu de quem tu te afeiçoas, a ti me entrego sem temer, sem nada compreender. A outra canção tem por título “Pelas dores deste mundo”: Pelas dores deste mundo, ó Senhor, imploramos piedade. A um só tempo geme a criação. Teus ouvidos se inclinem ao clamor desta gente oprimida. Apressa-te com tua salvação. A tua paz, bendita e irmanada com a justiça, abrace o mundo inteiro. Tem compaixão! O teu poder sustente o testemunho do teu povo. Teu reino venha a nós! Kyrie eleison (Senhor tem misericórdia). Confesso que não pude conter minhas lágrimas ao cantar estas músicas. Primeiro pelo fato de que até hoje não compreendo tamanho amor que Deus teve por mim quando me atraiu até sua presença, salvando-me de mim mesmo e honrando-me através do chamado para o santo ministério pastoral. Até hoje não me sinto digno de ocupar tal lugar. Em segundo lugar minha emoção explodiu em definitivo naquele culto, quando após ter acabado de ouvir Odja pregar sobre a coragem que Jesus teve para entrar em Jerusalém, obedecendo à geografia traçada pelo Pai para sua vida, passando pelo lugar que matava profetas, podendo ter desistido da missão e retornado para morrer tranquilo e velho em sua aldeia em Nazaré, olhava para a congregação à minha frente enxergando um jovem travesti sentado livremente me ouvindo cantar “Teus ouvidos se inclinem ao clamor desta gente oprimida”. Apressa-te com tua salvação. A tua paz, bendita e irmanada com a justiça, abrace o mundo inteiro. Tem compaixão...”. Meus irmãos e irmãs, a Croos Creek Community Church tem 15 anos de organização como igreja independente. Sua história é idêntica à maioria das igrejas que ousaram fazer um caminho contrário ao da maioria. Parte dos seus membros fundadores foram excluídos das suas igrejas de origem pelo fato de serem homossexuais. Outros se juntaram à comunidade em busca de um lugar onde pudessem adorar a Deus sem se sentirem culpados, e outros ainda tornaram-se membros por acreditarem que é preciso construir lugares de resistência teológica de caráter mais progressista. Hoje a igreja possui 200 membros, e nas palavras do Pr. Mike, “metade se identifica como homossexual e a outra metade heterossexual”. Conversando com o Pr. Mike sobre sua história de vida, vocação e caminhada pastoral, a mesma se identifica com milhares de histórias que tenho visto, ouvido e acompanhado. Nascido numa família cristã protestante tradicional, foi educado na igreja desde criança. Na adolescência sentiu-se chamado para o ministério. Estudou no Seminário Batista da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, formou-se, foi ordenado e depois de alguns anos acabou sendo convidado a deixar a igreja pelo fato de não conseguir mais lutar com sua natureza homossexual. Após alguns anos de luta e conflitos interiores, resolveu assumir sua postura e nas suas palavras sentiu-se finalmente livre e em paz diante de Deus para dar continuidade ao seu chamado vocacional e pastoral. Hoje ele é doutor em teologia, ajudou na fundação da Cross Creek Comunity Church e é o atual pastor sênior da igreja. Pr. Mike vive há 11 anos com seu companheiro Dan e juntos tem dois filhos que foram adotados oficialmente desde os primeiros dias de vida que hoje possuem 9 (Gideon) e 4 (Adin) anos de idade respectivamente. Fui recebido nesta casa normal, apesar de ser propalada aos quatro ventos em nosso país que isto é uma anormalidade, de forma idêntica as demais recepções que tive em Jackson e Clinton no Mississipi. Foi um final de semana tranquilo, com uma família vivendo uma vida simples, com disciplina e conduta cristã. Pude ver duas crianças saudáveis, que provavelmente não teriam um futuro cercadas de amor, respeito, família (avós, tios, primos, etc.), cuidado e tudo que uma criança precisa para crescer tranquila e com equilíbrio físico, espiritual e social. Estes dois pequeninos foram adotados oficialmente por Mike e Dan. Suas genitoras foram jovens que se envolveram em drogas e não queriam os bebês. Pela intervenção de Deus e disponibilidade dos dois, eles foram salvos da invisibilidade social. Podiam ter sido abortados e/ou jogados nos muitos lugares que abrigam crianças sem pai e mãe, a exemplo de milhares de crianças que estão jogadas em nossos orfanatos como se fossem objetos indesejados da sociedade. Muitos que fazem belos discursos, citando a Bíblia contra a adoção de crianças por homossexuais, não demonstram a mesma disposição na hora de abrir seus corações para acolher aqueles e aquelas que são indesejados, sem ter escolha, ainda no útero. Neste lar, como em qualquer outro lar cristão, vi oração na mesa para dar graças pelo alimento, leitura da bíblia para as crianças, muito afeto e carinho por parte dos seus pais para com as crianças e muito carinho e afeto da parte das crianças para com seus pais. Lembrei-me das palavras de Jesus: “Se seus olhos forem bons...” (Mateus 6:22-23).
            Chegamos ao nosso apartamento em Webster Groves-MO por volta das 21h. Foram quase 7 horas dirigindo, conversando, chorando e orando no carro. Minha mente não parava de funcionar. Ficava pensando em tudo que tinha visto, testemunhado, e vivido naqueles dois dias. Confesso que pensei em não escrever sobre este final de semana. Deixar passar de largo como se nada tivesse acontecido. Entretanto, disse para Mike e Dan que não podia deixar de falar, escrever e testemunhar o que estava vendo e ouvindo naquele lugar. Depois de ser exortado pelo Espírito de Deus a não acovardar-me diante das ameaças, intimidações e ou sanções que poderei vir a sofrer no futuro por conta desta experiência que julgo rica para minha vida, sem demonizá-la nem ignorá-la, colocando-me pronto para aprender e ouvir com respeito e sensibilidade a história do outro, vou seguindo em frente pronto a se preciso for entrar na geografia que “mata profetas”. Esta estrada é muito difícil, perigosa e delicada para quem resolve tirar a máscara e assumir sua condição, como também é difícil e perigosa para quem decide, não por falta de escolha, segui-la lutando pelo direito de todos e todas viverem em harmonia nesta terra. Liguei a televisão e rapidamente assisti a um programa evangélico, onde um pastor de uns 40 e poucos anos pregava uma mensagem que repetia o tempo todo que Deus cumpre suas promessas, vestindo um terno maravilhoso, num mega templo lotado e paralisado de atenção em torno da sua exposição. Pensei comigo: eu acho que deveria abraçar este caminho. Seria aplaudido em vez de criticado com veemência, não teria minha fé, vocação e vida questionadas por resolver defender o direito das pessoas, não ouviria alguns dizerem que estou rasgando a Bíblia por sentar à mesa e me colocar como aluno da escola da vida aberto para aprender. Enfim, teria uma vida mais tranquila e carregada de admiração.
            Não quero fazer ninguém sofrer com minhas posturas e visão de mundo. Não desejo levantar bandeira de grupo A ou B, não tenho pretensão de estar certo ou errado. Apenas não costumo até aqui me esquivar de obedecer ao Espírito da Vida, indo às mesas, igrejas, lugares e casas mais diferentes possíveis como aluno atento da escola da vida. Não posso deixar de testemunhar neste espaço que o que experimentei com as famílias cristãs heterossexuais em Jackson e Clinton não foi diferente do que experimentei em Dayton neste final de semana. Apostasia? Se for assim que você, que está lendo este texto, decidir chamar minhas palavras, o que posso fazer? Neste momento, meu coração experimenta um misto de coragem e terror. Entretanto, vou repetir: estes três finais de semana mudaram a minha vida para sempre. Não vou voltar atrás, não preciso de aplausos para seguir em frente. Prestarei contas ao meu Senhor e direi para Ele no final de tudo: me arrisquei como o Senhor se arriscou quando se colocou a frente de pecadoras, quando sentou as mesas de pessoas consideradas indignas e quando optou por entrar em Jerusalém sabendo que aquela aclamação toda resultaria em humilhação, morte e cruz. Sei o quanto é importante ser acolhido com amor e carinho. Já estive na pele daquelas crianças, sei que para elas não importa o nome que se dá a sua família (benção ou apostasia?). Vi nas filhas do Pr. Stan e nos filhos do Pr. Mike alegria, serenidade, cuidado e muito amor resultado do que tem recebido no dia a dia. Certa vez Nelson Mandela disse algo parecido com isto: “Ninguém nasce odiando os outros pela cor da pele, condição socioeconômica, religião diferente e ou condição sexual. Se aprendem a odiar, também são capazes de aprender a amar”. Sei que muitos perguntarão pela Bíblia e os textos que falam isto e aquilo. Não tenho resposta para todos os textos nem quero abrir aqui um debate teológico e ou hermenêutico sobre o tema. Apenas penso que o Senhor Jesus teve coragem para reler alguns textos do AT na sua época. Ele é a minha inspiração. Agora, se você prefere ficar com o discurso dos Bolsonarianos, Malafaianos e tantos outros, a decisão é sua!
            Na escola da vida nós não definimos o currículo. Apenas temos a liberdade de não querer passar por esta ou aquela matéria. A missão da igreja é ditada pelo caminho. Como diria o Pr. Clemir Fernandes: “A agenda da igreja é ditada pelo caminho como foi à agenda de Jesus. No caminho nós não escolhemos a agenda da missão, e sim somos escolhidos por ela”. Cabe a nós dizer sim ou não. Não precisamos abraçar toda a agenda do mundo, entretanto, também creio que ignorá-la não seria prudente. Que Deus nos ajude a estarmos abertos e sensíveis às matérias que o Espírito nos convidará a aprender em nossa peregrinação terrena na grande escola da vida.

Webster Groves-MO, 02 de abril de 2012
Pr. Wellington Santos
Odja, Gedeon e Adin no café da manhã

Eu, Adin e Gedeon...
Família do Pr. Mike...
Odja e a família do Pr. Stan...
Eu, Pr. Stan, Jane e Katie...